Deborissima à oliva española :: Edición Barcelona

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miércoles, septiembre 05, 2007

Efeito Copy/Paste


O texto abaixo foi um mix que eu fiz para a minha coluna no site Qual é a Boa?. Ontem à noite foi dar uma conferida no site pra ver como havia ficado e me emocionei. Aí o reproduzo aqui.
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O fim e o começo – o reencontro

Lembro que o título da minha primeira coluna aqui era mais ou menos assim. Aí eu relatava como é, como foi chegar em Barcelona, buscar um quarto para alugar etc & tal. Até mencionei o filme Albergue Espanhol, que reflete a pura realidade de quem aterrissa por essas bandas.
Hoje relembro um pouco do passado, remonto o meu reencontro com esse título do início, que agora – bem como antes – marca um fim Pues, mais uma etapa está prestes a se encerrar pra outra (re)começar: em menos de três semanas embarco de volta ao Brasil, Porto Alegre. Esse é o destino final da minha turnê européia.


Já tive meu último dia de trabalho, de entregar papel na rua. De levar patada dos turistas. De cansar as pernas. De torrar ao sol do meio dia. De mendigar pra fazer xixi nos banheiros da redondeza. Último dia ao lado do messier David - meu amigo francês, mendigo e meu primeiro professor de língua francesa: Bonjour!


Último dia dentro de uma rotina que virou boa parte da minha vida em Barcelona. Que me ajudou a conhecer um pouco do mundo. Que me ensinou a me emocionar mais com as pequenas coisas. Pequenos atos. Que me mostrou que eu também fazia parte do cotidiano dos outros. Que eu fui uma personagem de la calle. Foi lindo e valeu muito a pena.


Aí, outro fechamento foi a saída do meu apartamento. Vivíamos dois guris e eu. Yo, fuera! Saí um mês antes para economizar no aluguel e receber minha fiança de volta, e assim poder viajar tranquila. Tudo isso porque eu fiquei um mês viajando. Já me desliguei.


Um mês de viagem rendeu o meu desligamento com a cidade que me acolheu. Desde agosto Barcelona não é mais sinônimo de "minha casa", e sim de "cidade-conexao". Entre uma e outra viagem que fiz, Barcelona foi meu QG, local onde eu deixei minhas coisas, todas dentro de uma mala. Capital catalana que me recebia e ainda me recebe, sempre de braços abertos e pronta para me lançar ao meu próximo destino.


Atualmente me considero uma cidada do mundo. E quando todos aqueles que nunca tiveram cojones – ou seja, culhao - de sair do casulo me perguntam se eu estou nervosa e com medo de retornar eu respondo que estou tranquila, porque difícil mesmo é entender el catalá. O gauchês eu tiro de letra!