Deborissima à oliva española :: Edición Barcelona

Tudojuntoaomesmotempoagora.

miércoles, febrero 28, 2007

Si, si, si

Sim eu sei, preciso urgente atualizar o blog.
Sao tantas emociones.
A vida sem NET em casa é "fueda"!!

miércoles, febrero 21, 2007

A Crise dos 4

Estou em crise, creo.
Choro compulsivo, vontade de chutar tudo pra putaqueoparió y volver.
Saravá Almodovar!

jueves, febrero 15, 2007

El Peladón


Nao é o peladao que anda pelas Ramblas nos dias de sol, mas é o Davi verdadeiro!

miércoles, febrero 14, 2007

Dia de San Valentín

Dia dos namorados por essas bandas.

Ai, sinto muitas saudades de tantas coisas.
Vontade de voltar pra casa.

Ai, ai, ai...

viernes, febrero 09, 2007

Cambio, desligo

Amanha eu me mudo de vez.
Metade das coisas já estou no meu novo cafofo. Eu e os guris. Novamente eu no meio do sexo oposto. Experiências da vida, fazer o que? A diferença inicial é que agora os dois sao brasileiros e além disso gaúchos. Uma pena que nao sao gremistas.

No piso novo ainda nao temos internet, mas devemos reverter isso em breve. Aí acredito que estarei fora das ondas cybernéticas por um tempo, infelizmente. Justo agora que estou com tantas coisas na cabeça e muita vontade de escrever.
É a vida.

Cambio.
Desligo.

Hasta luego!

2 em 1


Encontrar a Si, conhecer Milao, Florença e Veneza.

Nao tenho nem o que comentar.

sábado, febrero 03, 2007

Quatre

Amanha, dia 4 fecha 4 meses que eu cheguei aqui. Parece beeem mais. Sempre parece.
Cada dia vale por semanas e cada semana vale por meses.

E amanha, também dia 4, encontro com a minha querida amiga Si - que me ligou hoje direto de Israel pra combinarmos os primeiros e últimos detalhes do reencontro. Vamos nos ver no dia 4, depois de exatos 4 meses sem se ver. Parece pouco, mas pra mim, atualmente, cada dia vale por semanas e cada semana vale por meses.

viernes, febrero 02, 2007

100 Billion Stars


Hoje foi um dia de muitas emocoes introspectivas. Eu sozinha comigo mesma durante 6 horas de trabalho - uma hora a mais do que o normal, porque hoje foi dia de concerto. Além disso, mudei de local. Ao invés da Pl. de la Boquería, na companhia do meu fiel amigo dragao, fui pro Corte Inglés do Portal de l'Angel. Friaca desgraçada, os flyers e eu.

Bom, foi aí que tudo começou. Uma enxurrada de pensamentos. Alguns que já me visitaram anteriormente e outros que surtiram sintomas totalmente psicológicos. E pareceu que a minha mente tinha tudo muito bem bolado, um planejamento estratégico perfeito pra fazer o meu tempo de trabalho passar mais rápido.

E agora eu vou contar tudo, com todos os detalhes que eu quiser.

O início foi por volta das 10h15 da manha, quando vi algumas cenas na rua. Nao tinha muito turista e eu fiquei observando bastante as pessoas. Vi vários casais trocando carinhos, beijos apaixonados, pais com filhos, com bebês. Vi uma guriazinha que poderia ser minha filha certo! Loirinha, com o cabelinho bem lisinho e um olhao azul.

Que eu estou com o instinto maternal à flor da pele todo mundo tá careca de saber. Todo mundo que acompanha o blog. Enfim, acho que me sinto pronta pra maternidade. Nunca, nunca, nunca tive o desejo de ser mae. Eu sempre soube que as vias naturais da vida iam me levar pra esse caminho um dia, mas aquele desejo louco que muita mulher sempre teve eu nao tinha. Comecei a descobrir essa estranha sensaçao aqui em Barcelona. Era uma vontade de cuidar de alguém, de ter um serzinho que dependesse de mim e tal. Tanto é que eu pensei em comprar uma planta, porque atualmente eu nao tenho a menor condiçao de ter um filho e tampoco de ter um bicho de estimaçao. Uma planta seria o mais fácil pra tapar esse buraco.

Aqui se vê muitas famílias com filhos adotivos. Nao sei se é uma coisa cultural da europa ou da españa. Mas assim, é totalmente comum se ver famílias com bebês que nao têm absolutamente NADA a ver com os pais. Um dia eu vi perto do Porto um casal de alemaes com uma filhinha japa. Ela era a coisa mais querida do mundo! E outra vez fiquei brincando de mostrar a língua com um gurizinho mulato que nao tinha nada a ver com os pais brancos de cabelos claros. Esse segundo bebê me ganhou muito, porque a gente ficou brincando por uns 7 minutos sem que os pais dele vissem, porque estavam procurando alguma coisa no mapa, no meio das ramblas. Eu tava trabalhando e vi o gurizinho me olhando de longe. Aí comecei a mostrar a língua e a abanar. Ele continuava sério me olhando e era só eu me distrair e nao olhar pra ele que ele botava a língua pra mim. Simplesmente um amoooooooooooor!! E quando os pais dele empurraram o carrinho pra irem embora o pequeno me abanou e só assim os pais dele viram que a gente tava se divertindo a longa distancia.

Entao foi assim. Foi dessa forma que eu desenvolvi o sentimento maternal e a vontade de ter um filho. Dois na verdade. Um casal de preferência - como o Dani e eu. Um natural e o outro adotado.

Na sequencia do pensamento sobre ser mae, veio o que deveria ter sido o pensamento primeiro: casar.

Casar é outra coisa que eu nuuuuuuuuuuuuuunca sonhei. Meu sonho nunca foi casar de véu e grinalda - tanto é que até hoje eu nao sei direito o que é uma grinalda. Quando saí de POA eu já pensava em casar, mas só no civil. Nao preciso de uma mega festança e gastar rios de dinheiro, tampoco criar uma briga entre as famílias. Casa na igreja ou na sinagoga? Quem se converte? Casamento conjugado (aquele que é das duas religioes ao mesmo tempo, que eu nao lembro o nome agora)? Enfim, vamos pro civil que encurta o caminho e os gastos.

Hoje nao foi a primeira vez que pensei em casamento aqui em Barcelona, mas talvez tenha sido só hoje que consegui refletir mais profundamente sobre isso. Eu quero me casar. Me lembro bem que durante a minha adolescencia eu pensava que só casaria depois de aproveitar muito a minha vida - e esse "aproveitar" nao significa sair ficando e dando pro primeiro que aparece, nao. Até porque eu sou uma mulher de poucos homens e uma moça de família (hahahahaha. Adoro esse discurso!). Enfm, eu queria aproveitar bem a minha vida de solteira, porque quando eu casar quero ser que nem os meus pais: casar pra vida inteira. Eles sao o meu modelo de matrimônio e eu desejo muito que o meu casório também seja assim, infinito enquanto dure. E o infinito deles ainda nao acabou.

Creio que pra um relacionamento amoroso dar certo mesmo, claro que além de as pessoas se darem bem, conversarem, serem sinceras uma com a outra, de admirarem sempre, se apoiarem, agregarem coisas e etc, etc, etc, elas precisam ter vivido as coisas na etapa certa da vida. Por exemplo: quantas histórias a gente nao houve que o fulano depois de nao sei quantos anos de casado pulou a cerca e a mulher é a maior corna da história? Aí tu vai descobrir depois que quando jovem o fulano nao passou pela sua fase "galinha". Enfim, to resumindo muito o papo e nao quero generalizar, apesar de estar generalizando.
Bueno, entao hoje eu pensei que talvez eu me sinta pronta pra casar. Acho que eu aproveitei bem a minha vida de solteira e me parece que faltava eu realizar esse sonho de viajar e ter toda essa experiencia que vivo aqui. Morar sozinha, nao dar explicaçao pra ninguém, fazer faxina, fazer as compras, cozinhar. Enfim, um conjunto de coisas que eu nunca tive que depender só de mim pra fazer e agora faço. Me sinto mais madura pra ter um relacionamento mais sério, mais profundo, mais entregue. E sim, eu quero dividir a minha vida com alguém e quero a minha parte da vida do outro. Quero poder chegar na MINHA casinha, ou melhor, na NOSSA casinha e só ficar deitadinha olhando no fundo dos olhos e adormecer assim. Ou passar a manha de domingo se enrolando pra sair da cama. Ou sair caminhando pela cidade pra esfriar a cabeça depois de uma briga. Enfim, um monte de coisas. Um monte de coisas que agora eu me vejo fazendo no futuro. Que além de somente enxergar eu tenho vontade.

E agora os caros e fiéis leitores se perguntam: "Tá, mas tu quer voltar pra POA e casar? Tá desesperada?"

Naaaaaaaaaaao, meu querido ou minha querida. Ninguém falou em desespero. Eu falei em preparo. É diferente.

Quando eu voltar pra POA preciso me focar na minha carreira, ganhar e juntar grana, poder me manter sozinha pra pensar em morar sozinha. E o principal: tenho que ter a certeza de que o nosso amor é de verdade.

Foram esses pensamentos que me fizeram companhia no turno da manha. Durante a tarde eu fiquei imaginando como vai ser reencontrar a Si no aeroporto de Milao, domingo agora - depois de amanha!

Sério, senti praticamente os mesmos sintomas de quando aguardava a chegada da minha família em dezembro. Achei que eu fosse desmaiar, fome, vontade de vomitar, dor de cabeça, tontura, choro. Tudojuntoaomesmotempo e o pior é que dessa vez eu nao podia sentar, porque estava trabalhando.

Quase chorei MESMO!

Acho que vai ser bem emocionante. Tenho certeza que vai ser. E ontem, durante um café com o Bernardo, ele me disse que nesses 4 anos dele fora do Brasil nunca aconteceu uma coincidência dessas com ele. Bah, me senti a ganhadora da Sena. Da MEGA sena, apesar de a minha conta bancária continuar meio vazia.
E é isso. Fecho aqui os meus pensamentos de sexta, antes que os ponteiros do relógio os fechem por mim.

23h40 em Barcelona.

Estréias

Como já dizia aquele famoso comercial de sutia - o primeiro sutia a gente nunca esquece. E essa máxima pode ser aplicada em várias outras primeiras vezes que faz a estréia de um capítulo novo do nosso livro da vida.

Todo mundo já teve o seu primeiro sutia.
Primeiro beijo, primeiro namorado, primeira faculdade, primeira viagem à Disney, primeiro tragao, primeira experiencia com drogas, primeiro amor, primeira transa, primeira louca paixao, primeira banca, primeira segunda língua, primeira conta no banco, primeira pilotada de fogao, primeira vez no gineco, primeira espinha na cara, primeiro livro de caligrafia, primeira nota dez, primeiro zero, primeira rejeiçao, primeira lágrima de pura emoçao, enfim. Muitas coisas sao as nossas primeiras. E hoje, dia PRIMEIRO do SEGUNDO mês do ano eu recebi a minha PRIMEIRA correspondencia em casa. Sim, na minha primeira casa em Barcelona. A primeira oficial.

Fiquei feliz, confesso. É a carta com o meu cartao fidelidade de alguma loja onde eu andei comprando algumas coisas com certa frequencia - caso contrário eu nao faria um cartao fidelidade. Sou uma boa moça FF - fiel e de família!

Sim, a minha primeira correspondencia chegou no primeiro dia da contagem regressiva pra minha mudança de casa. Que ironia! Aí me lembrei que preciso passar no meu primeiro banco em Barcelona pra trocar o endereço da minha primeira casa pro da segunda. Inclusive passar na loja remetente da carta também pra atualizar meus dados.

Vai ser o meu primeiro tour por estabelecimentos pra trocar o meu primeiro endereço oficial pelo segundo.

Ai, ai, ai...

As primeiras vezes a gente nunca esquece.

jueves, febrero 01, 2007

Mudanças, lembranças & andanças


A vida está sempre em movimento. As coisas mudam e às vezes a gente nem percebe.

Fisicamente eu me mudei 2 vezes enquanto morava no Brasil. Primeiro foi quando eu tinha uns 5 anos, e saímos do Menino Deus e fomos pro Mont Serrat - onde a família reside desde entao. É uma zona boa, bem localizada, com árvores e tal.


A segunda mudança foi de casa na praia. A nossa querida casinha amarela em Capao já estava se entregando. Também pudera, mais de 40 e muitos anos e muitos veroes nem o Sundown salva. A situaçao tava preta e mudamos. Fomos pra Atlantida, numa casinha simpática, com jardim interno, janelonas e tudo mais. Hoje a casa tem beeeem mais a nossa cara, ou melhor, a cara da minha mae. E lá eu tinha, eu tenho, uma camona de casal, ventilador e banheiro próprio. É um luxo praiano.


No processo de mudança de casa em POA eu era muito piá e nem me lembro direito como foi. Nao me lembro se eu sofri por nao poder mais ir passear com o meu pai e ele me botar nos ombros pra eu ver a casinha do cachoro da vizinha. Nao me lembro.


Na mudança de casa na praia - o que já deve fazer uns bons 7 ou 8 anos - eu me lembro que fiquei triste por deixar a fiel casa amarela, mas ao mesmo tempo estava feliz, porque a mudança era bem pra melhor e a casa nova era linda e mais confortável - dentro dos padroes de uma casa de praia. Mas eu sofri um pouco, porque deixei pra trás muitas lembranças boas, histórias, amigos. Tem gente da galera da praia que eu nunca mais vi na vida! Culpa das mudanças, claro.


E agora estou em Barcelona. Sair de POA e vir pra cá foi a primeira mudança internacional. Eu vim feliz, com medo e com vontade de viver a vida. Deixei meus amigos, minha família, trabalho e a mais nova descoberta do momento que foi um amor - que talvez eu só tenha descoberto, porque estava caindo fora. Me explico: talvez eu nao me permitisse sentir algo tao forte e tao puro por alguém, por medo. Enfim, esse é outro papo. Mas eu deixei tudo. Deixei a minha vida social que era bem intensa, diga-se de passagem. Sao trocas que temos que fazer.


Aí vim pra cá e parei por 2 semanas na casa da Silvia. Quando eu estava me acostumando com as ruas e metros e tudo, tive que sair de lá. Eu sabia que ia sair, mas uma coisa é saber e a outra é realmente sair. Me mudei. Encontrei um lugar que ia ser a minha casa por nao sei quanto tempo. Foi difícil no início. A adaptaçao a novos caminhos, novas pessoas, um novo ambiente. Demorei quase um mês pra tirar as minhas coisas da mala e pra guardá-la no armário. E aí me habituei em viver aqui. Aprendi a ser mais tolerante, abri mao de algumas frescuras pra conviver com as pessoas, fiz coisas que eu nunca havia feito antes, e olha que sao coisas bem simples como limpar uma patente ou fazer um ovo duro.


E agora, dia 10 de fevereiro eu me mudo de novo. Minha segunda mudança dentro de Barcelona. Segunda mudança física, porque mudança interna já houveram várias. E hoje de manha comecei a encher uma mala de coisas, esvaziar as prateleiras do armário, jogar fora papéis inúteis. Junto com tudo isso guardei na mala recordaçoes de POA, memórias e lembranças doces. Por momentos imaginei que eu estava retornando pra minha casa, pra minha vida de antes - que eu sei bem que também já se mudou.


Deixo a c/ Oliana, 9 tercer com um leve aperto. Deixo aqui dentro o início da minha história em Barcelona. O princípio das minhas conquistas e a lembrança querida do primeiro cantinho que eu pude chamar de meu.