Deborissima à oliva española :: Edición Barcelona

Tudojuntoaomesmotempoagora.

miércoles, septiembre 26, 2007

Tchaca tchaca en la butchaca

A gente troca o cenário.
Os coadjuvantes sao outros.
E mesmo assim tem coisas que nao mudam e eu adooooooooro isso!

Propera Estació: Porto Alegre

Finalmente cheguei! Na verdade estou na terrinha há quase uma semana.
Cheguei, depois de horas e horas de espera em aeroportos, rebelioes de passageiros e, como consequencia, da tripulação também. Cheguei com hooooras de atraso, com o coração apertado, mas sem lágrimas.
Cheguei com sede de vida, sede de paixãoe fome de mais emoção em tudo o que me espera.

Ainda é estranho escutar as pessoas falando SÓ português na minha volta. Estou encantada com a boa educação das pessoas. Com os sorrisos. Distribuo sorrisos.
Confesso que já cheguei beijando na boca, matando saudade louca.

Cheguei com novos amigos na bagagem. Com (re)encontros já marcados.
E quando entrei no meu quarto pensei: "o que essa gente faz abraçada comigo nessas fotos, em porta-retratos?"
Hora de mudar.

Cheguei com gana de ver quem eu sou aqui e já me surpreendi: eu sou mulher.
Ainda bem que eu nunca tive medo de voltar.

domingo, septiembre 16, 2007

Mais Amigos


Nunca é tarde pra se fazer novos amigos, mas se desse eu pedia pro roteirista reescrever o início dessa história.
Amanha: Madrid.
Hoje: ficha caiu e o corazón chorou.

sábado, septiembre 15, 2007

Problemas Matemáticos

Quanto mais perto, mais saudade.

Das Necessidades

Tô precisando de um chamego.
De um carinho.
De um sorriso.
De um abraço de boas vindas.
Do meu travesseiro.

Tô voltando (mais) mulher.
Minha cara mostra que guria eu nao sou mais.
Minhas rugas sao o meu CV.


E quando me perguntam sobre a minha volta eu digo: eu SÓ quero chegar em casa.

jueves, septiembre 06, 2007

Tancat

Hoje fechei a minha conta no La Caixa.
Banco bom. Sempre fui bem atendida. Pessoal - por incrível que pareça - simpático e atencioso.
Fui lá, subi tudo a pé: Via Augusta com Muntaner.
Em menos de 10 minutos a mesma senhora que me ajudou a abrir a conta - há um ano - hoje a encerrou.

A tesoura foi passada no meu cartao de débito e foi como se eu fechasse mais algumas janelas dessa casa que eu chamo de Barcelona. Aí, nao satisfeita em comenter esse crime na minha frente, ela passou minha libreta numa maquineta que escreveu algo como: no dia 06.set.2007 esta conta foi encerrada. Ui... essa doeu fundo.

Aí eu peguei as poucas eurekas que me sobravam e agradeci. Me virei e a tia, digo, a Via Augusta me aguardava do lado de fora da agência, para me confortar com o seu trânsito intenso e massivo.

Caminhando de volta ao meu segundo QG extra-oficial, onde estou acampada atualmente, chorei. Chorei por perceber que as coisas estao realmente se encerrando. Se fechando. Concluíndo-se hasta el adéu final.

Hoje Deboríssima se lança ao último destino antes da parada final.
A turnê européia está prestes a acabar.

miércoles, septiembre 05, 2007

Efeito Copy/Paste


O texto abaixo foi um mix que eu fiz para a minha coluna no site Qual é a Boa?. Ontem à noite foi dar uma conferida no site pra ver como havia ficado e me emocionei. Aí o reproduzo aqui.
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O fim e o começo – o reencontro

Lembro que o título da minha primeira coluna aqui era mais ou menos assim. Aí eu relatava como é, como foi chegar em Barcelona, buscar um quarto para alugar etc & tal. Até mencionei o filme Albergue Espanhol, que reflete a pura realidade de quem aterrissa por essas bandas.
Hoje relembro um pouco do passado, remonto o meu reencontro com esse título do início, que agora – bem como antes – marca um fim Pues, mais uma etapa está prestes a se encerrar pra outra (re)começar: em menos de três semanas embarco de volta ao Brasil, Porto Alegre. Esse é o destino final da minha turnê européia.


Já tive meu último dia de trabalho, de entregar papel na rua. De levar patada dos turistas. De cansar as pernas. De torrar ao sol do meio dia. De mendigar pra fazer xixi nos banheiros da redondeza. Último dia ao lado do messier David - meu amigo francês, mendigo e meu primeiro professor de língua francesa: Bonjour!


Último dia dentro de uma rotina que virou boa parte da minha vida em Barcelona. Que me ajudou a conhecer um pouco do mundo. Que me ensinou a me emocionar mais com as pequenas coisas. Pequenos atos. Que me mostrou que eu também fazia parte do cotidiano dos outros. Que eu fui uma personagem de la calle. Foi lindo e valeu muito a pena.


Aí, outro fechamento foi a saída do meu apartamento. Vivíamos dois guris e eu. Yo, fuera! Saí um mês antes para economizar no aluguel e receber minha fiança de volta, e assim poder viajar tranquila. Tudo isso porque eu fiquei um mês viajando. Já me desliguei.


Um mês de viagem rendeu o meu desligamento com a cidade que me acolheu. Desde agosto Barcelona não é mais sinônimo de "minha casa", e sim de "cidade-conexao". Entre uma e outra viagem que fiz, Barcelona foi meu QG, local onde eu deixei minhas coisas, todas dentro de uma mala. Capital catalana que me recebia e ainda me recebe, sempre de braços abertos e pronta para me lançar ao meu próximo destino.


Atualmente me considero uma cidada do mundo. E quando todos aqueles que nunca tiveram cojones – ou seja, culhao - de sair do casulo me perguntam se eu estou nervosa e com medo de retornar eu respondo que estou tranquila, porque difícil mesmo é entender el catalá. O gauchês eu tiro de letra!

Mae de Santo

Nunca usei tanto branco em toda a minha vida.

martes, septiembre 04, 2007

Coisas do Eu


E ela olha pro mundo vasto mundo, onde o mundo dá a volta por cima daquilo que se chama mundo e diz, grita, bem alto pra todo mundo ouvir: EU SOU LIVRE, PORRAAAAAAAA!!!!

É assim que eu fico sem você


Um dia na história

Um dia um louco teve o poder e resolveu fazer uma lavagem cerebral nas pessoas. Disseminou a destruiçao de uma coisa que ele chamava de raça. Enfim, só fez merda. Aí vem uma outra galera e resolve criar um muro que divide uma capital inteira, de ponta a ponta. Foi assim, pá-pum, quando a populaçao desperta pra vida percebe que o seu limite territorial acaba exatamente no muro que lhe divide do resto daquilo que ele chamava de minha cidade. Aí essa galera chamou aquele pedaço de seu. Uma outra galera ficou com o outro lado e já era.

Aí um dia eu vou a Berlin ver tudo isso de perto e ao caminhar turisticamente pela Unter den Linden questiono a minha mae com a seguinte questao: "Mae, e se tudo isso de guerra e muro nunca tivesse existido? E se tudo fosse uma baita mentira inventada só pra contar história?" Minha mae achou uma viagem, me perguntou um "como assim?" com ar suspeito. E eu fiquei com esse lance de historinha na minha mente.

E se tudo fosse realmente diferente?

lunes, septiembre 03, 2007

Uma coisa assim a três


sábado, septiembre 01, 2007

Concierto Tonight!


Pues, mais uma etapa acabou.
Nao estao todos na foto, mas é como se estivessem.
Dia 25.08.07 foi meu último dia de trabalho. De entregar papel na rua. De levar patada. De cansar as pernas. De torrar ao sol do meio dia. De mendigar pra fazer xixi nos banheiros da redondeza. Último dia ao lado do messier David.
Último dia dentro de uma rotina que virou boa parte da minha vida em BCN. Que me ajudou a conhecer um pouco do mundo. Que me ensinou a me emocionar mais com as pequenas coisas. Pequenos atos. Que me mostrou que eu também fazia parte do cotidiano dos outros. Que eu fui uma personagem de la calle.
Foi lindo e valeu muito a pena.

Mi Cumpleaños

Pues, fue un cumple raro.
Foi o primeiro em que passei bem longe de casa. De ambas: POA & BCN. Ambas com 3 letras na sigla. Coincidência ou conspiraciones astrales? Ni puta idea.

Bueno, o primeiro aniver com a única e exclusiva companhia da minha mae. Aquela que me botou no mundo da forma mais direta possível, isso há bons e bem vividos 26 anos.

Foi o primeiro em que recebi menos chamadas telefônicas.
O primeiro em que nao tomei um mega trago.
O primeiro em que nao ouvi quase ninguém falando a minha língua-mae. Olha a mae aí de novo.

O primeiro em que estive na Alemanha, Berlin. Cidade intensa como eu.
Capital cheia de histórias pra contar como eu quero ser para os meus filhos, netos, bisnetos.

O primeiro em que me dei de presente um creme anti-rugas.
O primeiro em que fiz bolhas nos pés sem me acabar nas pistas.
O primeiro em que chorei, silenciosamente, a emoçao de ser quem eu sou. Ser quem eu me descobri ser.

O primeiro a espera do segundo.
Do segundo de vida que eu nao posso perder de maneira alguma.

Obrigada mae, pai, Dani.
Obrigada à minha família de opçao.
Obrigada conspiraciones astrales por tudo ser sempre tao mágico.