Sexta-feira, às 18h30, foi a minha primeira tutoria para o trabalho final do pós. A Carolzinha, minha colega, tá de férias no Brasil e eu encarei essa solita.
Preciso dizer que cheguei me cagando nas calças???
Primeiro porque escrevemos o trabalho em portugues e eu traduzi pro castellano e, apesar de algumas revisoes de outros olhos brasileños, nenhum expert na língua corrigiu o troço. Mas tá beleza.
Segundo que, quando eu vi que quem tava atendendo era o cara que eu considero mais sério ou menos fora da casa dos dois - porque sao dois coordenadores - eu me caguei mais ainda. Como eu ia chegar com o meu españolito pra explicar a porra do trabalho pro cara? E se ele me fizesse muitas críticas? E se ele me pedisse pra explicar 500 mil coisas? Sei lá, me caguei e cheguei meio nervosa.
Sento cara a cara com o cara. Primeiro ele comenta sobre um trabalho que fizemos individualmente. Despues começa a comentar sobre o projeto final. Começou com um elogio. Ufaaa!
Ele me fez menos de meia dúzia de perguntas e eu, quando comecei a responder, já pedi desculpas pelo español no que ele prontamente me diz que estou falando muito bem. Ufaaaa!
Acho que eu me cago, fico com vergonha, mas na hora do "vamos ver qualé" eu acabo soltando a língua. O mais engraçado é que em pensamentos, quando eu monto frases ou preparo o que eu quero dizer, eu faço a coisa certa, mas a vergonha ainda me trava um pouco pra falar. Sei lá.
Depois de conversarmos sobre o projeto ele me perguntou se eu estava entendendo as aulas e o que eu tava achando. Aí comecei a falar mais e foi legal. Ganhei meu dia, que naquela altura das horas - pra mim - já era noite.
Fiquei feliz.