domingo, abril 29, 2007
sábado, abril 28, 2007
Ritos de Saudades
Rito 1: Toda a vez que alguém volta pro Brasil eu penso em ti.
Aí meu coraçao chora de saudade.
Rito 2: Sonhei que tu me dizia que sentia, sente, muito a minha falta. Aí eu fiquei feliz, porque é sempre bom ouvir coisas assim. Sentir-se querida, amada, lembrada e desejada no vazio que fica.
jueves, abril 26, 2007
lunes, abril 23, 2007
domingo, abril 22, 2007
El País
'El Lado Oscuro de la Luna', en Barcelona
El ex miembro de Pink Floyd Roger Waters repasa en Barcelona sus temas en su único concierto en España
EP - Barcelona - 20/04/2007
El músico Roger Waters, ex bajista y miembro fundador de Pink Floyd, recalará mañana en el Palau Sant Jordi de Barcelona en el marco de su gira The Dark Side of the Moon Live (El Lado Oscuro de la Luna en Vivo), que le está llevando por escenarios de todo el mundo. Las entradas para este concierto se agotaron hace más de un mes.
En este The Dark Side of the Moon Live, el fundador de Pink Floyd rememora uno de los discos clave del grupo británico, publicado en 1973, y acompañado de ocho músicos toca en su integridad el álbum, además de otros clásicos como Wish you were here, Confortably numb y Another brick on the wall.
La actuación en Barcelona se enmarca en un nuevo tour europeo del músico, que ya giró por el viejo continente el pasado verano, que se inició el 11 de abril en Zurich (Suiza) después de su paso por Australia, China y Sudamérica a principios de año.
El tour europeo de Waters, que cuenta con un diseño de escenario de Mark Fisher -el mismo que creó el del tour El Muro- pasará por Suiza, Alemania, Italia, Bélgica, Suecia, Noruega y Gran Bretaña y que sólo prevé una parada en España. La última visita de Waters a España fue en 2002 en un concierto en Barcelona.
Roger Waters (Grant Bookham, 1944), que estrenó recientemente la ópera a va inspirada en la Revolución Francesa, fue uno de los fundadores de Pink Floyd, banda que lideró hasta su marcha en 1985.
En su carrera en solitario, destacan el concierto de 1990 en Berlín tras la caída del mundo, en el que congregó a 350.000 personas.
En el Live 8 de verano de 2005, Waters volvió a reunirse con los otros componentes de Pink Floyd, David Gilmour, Rick Wright y Nick Mason, en un concierto en el que tocaron varios clásicos de la banda británica.
O País nao mente
El País
Roger Waters inunda de música el Palau Sant Jordi
L. HIDALGO 22/04/2007
Una vieja radio, un bimotor de época sobre la misma, el humo de un cigarrillo en un cenicero, un vaso de whisky y una mano que al mover el dial pasaba de Elvis a Chet Baker de My funny Valentine. Eso era lo que el público veía y oía al entrar en el recinto y, sí, mejor no podía expresarse que la mirada de la noche se dirigía hacia atrás. Estos motivos llenaban la pantalla que presidía el escenario en el que Roger Waters interpretó anoche The dark side of the moon y una larga lista de éxitos de Pink Floyd en un concierto de tres horas en un Palau Sant Jordi repleto. El concierto comenzó pasados pocos minutos de las 21.30. Roger Waters vestía de negro impoluto que resaltaba sus canas. La pantalla borró radio, whisky y avión y los sustituyó por motivos rojos. El sonido era sobresaliente, espectacular.
www.elpais.es
Eu tenho a (leve) sensaçao de que nunca estivemos tao próximos antes.
E que essa (aparente) distância só nos aproxima mais.
DBT Sanguíneo
Nao existe o que explique o que realmente é o amor entre irmaos.
Dani querido, eu acho que tu só vai ler isso quando alguém te comentar se tu já leu o que eu escrevi de ti no meu blog.
O lance é que eu te respeito PRACA, porque eu te acho um irmao DUCA.
Respeito a tua música.
Compreendo as tuas formas de pensar.
Aprendo contigo.
Tu tá aqui comigo, meu irmao. Mi hermano. My brother.
DDD - Internacional
Estou em Barcelona e isso nao é novidade.
Pues que hoje vi e vivi um dos melhores, pra nao dizer o melhor show da minha vida.
Palau Sant Jordi, marcado para as 21h30 de 21 de abril de 2007.
Roger Waters sobe ao palco e leva nao sei quantas mil pessoas para um outro mundo. Ou las lleva para dentro de si mesmas. A atmosfera criada foi de cinergia, fora de órbita, sendo que nunca estivemos tao dentro dela. Tao perto dela.
Foi dentro desse show, na cerne dessa magia musical, que eu entendi muitas coisas. Coisas tao simples e que eu venho vivenciando rotineiramente. Por que as letras do que o "Rogério Águas" cantou falam sobre coisas simples, coisas que até hoje estao na moda e nas manchetes dos jornais. De todos os jornais. E é por isso que o Pink Floyd une geraçoes. É uma banda que nunca vai morrer, porque está sempre viva. É hereditário. Um dia a ficha cai.
Pois a minha caiu.
O que eu vivi dentro da força do show de hoje eu comparti com meus queridos amigos Rabin, Mozart e Dudu. Aí estavam também o argentino Joaquim, o chileno Pato (que vive aqui em casa, mas até hoje nao sei o nome verdadeiro) e um madrileño muito educado e querido que nao sei o nome, mas também é colega de cinema do Dudu.
Mas nao foi só com eles que eu vivi esse show. Todos os momentos, inclusive os 15 minutos de intervalo, foram compartidos com mais duas pessoas que, casualmente possuem como primeira letra do nome a mesma que a minha. E a maior das maiores coincidências é que o nome deles tem as primeiras 4 letras iguais. E só depois é que tomam rumos diferentes.
Vocês (também) viveram isso aqui comigo.
Dia D - parte II
Foi hoje que eu entendi tudo.
E se eu achava que eu sabia alguma coisa. Eu nao sabia nada.
E realmente passei a saber agora.
sábado, abril 21, 2007
Matou a Pau
O toco pequeno arrasou ontem no Palau de la Musica Catalana!
Viva a naçao verde amarela! Oba, oba, oba!
Desde el próximo 22 de marzo hasta el 31 de mayo Barcelona acogerá el 18º Festival de Guitarra. Este año, destaca la presencia de varios guitarristas de prestigio; como Vicente Amigo, Ariel Rot o Kiko Veneno.
(EUROPA PRESS)El guitarrista Vicente Amigo, el argentino Ariel Rot, la excantante de Madredeus Teresa Salgueiro, el fundador de King Crimson, Robert Fripp, y Kiko Veneno, junto a Raimundo Amador, se unen para celebrar el 30 aniversario del álbum 'Veneno'. Estos son los conciertos más destacados del 18º Festival de Guitarra de Barcelona, que se hará del 22 de marzo al 31 de mayo.
jueves, abril 19, 2007
Trabalho em equipe
Essa foto foi tirada no final de março, acho. É na calle Ferran, uma das mais importantes de Barcelona. É durante o trabalho. É na frente da Igreja de St Jaume.
Na minha direita, meu colega de trabalho, Mozart - mineiro querido que volta ao Brasil agora no dia 29. Na minha esquerda meu amigo David, messier David - francês, ex-viciado em heroína, ajuda a igreja e fica paradinho na frente dela todos os dias, e atualmente é também meu professor de français.
A do Dia
Uma turistas que falava um castelhano bem falado, depois de pedir umas informaçoes, me pergunta: "Eres catalana?"
Ai señooor!!!
Los Hechos
Com a chegada do calor resolvo tirar a minha bermudinha jeans que eu guardei na mala. Me lembro que logo que cheguei aqui eu usava ela e tinha que puxar, porque caia, sobrava na bunda e eu parecia cagada. Agora, eu ainda a puxo, mas é pra nao mostrar o cofrinho. A bunda recheou muito a bermuda.
AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
martes, abril 17, 2007
domingo, abril 15, 2007
Dia do Post
Já vi que o hoje é o dia oficial do post no blog.
Enquanto conto os minutos pra ir trabalhar, escrevo. Essa é a minha forma de nao encher os ouvidos alheios de mierda e nuvens nubladas e, ao mesmo tempo, colocar tudo isso que tá aqui dentro pra fora.
Alguém abriu a minha válvula e agora nao tem mais escape.
Caro fiel e infiel leitor, sinta-se absurdamente livre para ler ou nao toda essa tempestade de emociones.
Vou pro trabalho, de bici.
Quizá um vento na cara faça essas nuvens irem embora.
Do Verbo Criticar
Eu sou um ser crítico que dentro das suas neuroses conjuga o verbo criticar.
Eu critico a mi mesma e a algumas coisas ao meu redor.
A crítica nao é sinônimo de mau humor ou TPM. É apenas um olhar mais aprofundado sobre as coisas. Sobre si mesmo. Sobre o existir.
Sei lá. Hoje irei aos pés, ao Pi, as lágrimas.
Questoes da Vida - parte IV - ediçao extraordinária de domingo
Desnuda, assim, eu pergunto a quem possa escutar: o que se faz quando se tem saudade? Quando se tem medo de perder e saudade pra matar?
Saudade
do ant. soedade, soidade, suidade < Lat. solitate, com influência de saudar
s. f.,
lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir; pesar pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia;
E nao me venham com xurumelas (ou seja lá como se escreva essa paraula.
Aún hablamos acerca del libro de reclamaciones
Esqueci da reclamaçao sobre as vestimentas.
Nao aguento mais me vestir sempre com as mesmas coisas. Há 6 meses e uns quebrados que uso os mesmos trapos. Nao tenho vergonha deles. Tenho enjôo, náusea.
À propósito, náusea é uma palavra que por si só já me dá náusea.
Estou uma reclamoooodaaaaaaaaaaaaaaa!
Sinceramente
Sao só 11h13min aqui. No Brasil sao 5 horas a menos o que significa que ainda é madrugada e meu hermano certamente nao deve ter retornado da noite fortíssima - o que quer dizer que ainda é relativamente cedo. É temprano e eu já tenho coisas pra expelir dessa cabeça pensante. Antes fosse somente as vestimentas o que nos diferencia dos animais irracionais!
Nao sei muito bem o que se passa comigo. Tenho crises internas surgidas de sabe-lá donde. Vontade de ficar solita, mas tudo bem, porque isso nao é problema. Às vezes, antes de levantar da cama - como hoje - toco no meu corpo e sinto ele mais arredondado, fato que gera algumas neurinhas a mais na cabeça, mas já me convenci de que nao posso mais perder tempo de vida aqui chorando compulsivamente nos momentos mais inapropriados. Chora-se de alegria, de saudade, de uma leve tristeza, mas nao se chora por estar mais gorduxa.
Há nao sei quantos dias só chove nessa (porra de) cidade. Qualé que é Santo Antoní, Antoní Gaudí, Picasso, Miró ou Dalí? Seja lá quem comande os ventos de Barcelona. Yo pregunto a vosotros: QUALÉ QUE ÉÉÉÉÉÉÉ????
Tudo bem, nao to pedindo um verao escaldante. Sei que sou uma persona 8 ou 80, às vezes, mas no sentido climático nao. Nao precisa trazer um sol que torra a cuca em 20 minutos, porque senao ao invés de morrer de saudade eu morro frita.
Bueno, sao 11h20min da manha de domingo. Estou devidamente fardada com minha camisola branca com ursinhos. Estou sentada na minha cama pensando se faz frio lá fora. Ou o pior, se chove lá fora. Como estará o tempo hoje?
Excepcionalmente nesse domingo trabalho pela tarde - sabe-se lá diós porque - mas tudo bem. Já nem me importo muito mesmo.
Quero ir pro trabalho de bici hoje, mas antes preciso ver como está o tempo, porque nao pretendo pegar mais chuva na cara. Da mesma forma começo a me cansar muito de morar num apartamento sem ventanas externas. Preciso ver o que passa pela calle, peloamordediós!!! E outra: meu claustrofobismo (se é que existe essa palavra) está voltando à tona. Tá foda, muito foda, ter um quarto com uma micro janela que dá pra escada do prédio! Ouço todos os passos de todos os moradores, visitantes, cachorro e afins que habitam ou nao esse prédio. Tá foda. Hoje acordei achando tudo isso una puta sacanagem con moi. E é uma puta sacanagem assim mesmo, bem poliglota.
Mas no final das contas, tudo bem, fazer quê?
Hoje
Hoje a minha vontade é de quedar comigo mesma. Ter aquele encontro numa mesa de bar, sentir as minhas palavras como a música perfeita pra mim.
E o que se vai explicar às pessoas que nao entendem, que nao aceitam o que se passa? O que dizer quando eu nao devo explicaçao alguma?
O lance é que hoje eu to na minha, e só. E só estarei até amanha.
E o que se vai explicar às pessoas que nao entendem, que nao aceitam o que se passa? O que dizer quando eu nao devo explicaçao alguma?
O lance é que hoje eu to na minha, e só. E só estarei até amanha.
sábado, abril 14, 2007
Casa Amarilla
Hortências me lembram a minha avó Zenta, a oma. Vó materna que eu tive a sorte de conhecer. Me lembro dela sentadinha - sempre devidamente vestida com um daqueles vestidinhos de vó, floridos, claro - na frente da nossa casinha amarela na praia de Capao.
Na casinha amarela da rua Guaracy tinha um grande jardim de hortências do lado direito de quem olhava pra casa. Ao lado esquerdo havia uma bananeira que só dava bananas quando nao era época de veraneio. Aí os gatunos invadiam o nosso jardim e roubavam os cachos. Uma puta sacanagem com uma criança que sonhava em comer as bananas da sua bananeira praiana.
Me lembro bem que em dias de chuva dava pra encontrar sapos no meio das hortências, inclusive nunca testei pra ver se algum virava príncipe.
E agora, pensando em tantos momentos que tive pertinho da oma, me veio a lembrança de ouvir ela dizendo uma coisa pro meu avô - quando ele ainda era vivo - e que volta e meia utilizo em conversas sobre a vida louca vida. É uma frase curta que significa muito. Quando eu ouvi, há anos, ela foi dita em alemao. Sei pronunciá-la em alemao - apesar de nao ter certeza se está correta. Escrevê-la eu nao sei, mas a pronúncia é algo como "emalaizan". E como toda a criança que se preze, fui perguntar o que significa e a oma disse no ouvido da sua netinha loirinha com corte de cabelo no formato de pinico: "devagar e sempre".
Questoes da Vida - parte III
Sao poucas as pessoas que percebem o valor que tem uma meia dúzia de palavras enviadas via correio eletrônico.
Questoes da Vida - Parte II
Por que quase tudo nessa vida depende da porra do dinheiro?
Nunca tive tao poucas eurekas na minha conta bancária européia.
Jodeeeeeeeeeer!
Questoes da Vida - parte I
Às vezes há pessoas que aparecem no nosso caminho e pensamos: como é que nunca fomos amigas antes???
Amizades Efêmeras
Me lembro que uma das primeiras vezes que eu ouvi a palavra "efemero" foi durante a faculdade. Esse vocábulo pertencia a parte do título de um livro - muito bom, diga-se de passagem - do Gilles Lipovetsky.
Aí cheguei aqui onde estou. Conheci gente e rolou uma identificaçao mútua. Aí tu seleciona aqueles que possuem maiores identificaçoes contigo e forma um grupinho pra todas as horas.
Voltando um pouco a fita: um dia conversei com um dos guris que mora comigo sobre as amizades que fazemos durante períodos que passamos fora, em viagens como essa que realizo hoje. No início eu nao entendia muito bem o que o meu colega de piso queria dizer com amizades efemeras, mas de um dia pro outro minha ficha caiu e eu entendi o código Morse - ou o Da Vinci.
O lance é que estamos aqui em uma situaçao inusitada, na qual temos necessidades e faltas diversas. Aí encontramos pessoas que nos entendem e que já passaram pelo o que a gente está passando. Aí rola uma forte ligaçao. Aí voces constroem um mundo juntos, e de fato querem mudar o mundo juntos. O lance é que nesses âmbitos é muito fácil de taparmos um buraco vazio que existe no nosso interior. É simples demais encontrarmos alguém que também deseja salvar o mundo, que também enxerga todos os problemas brasileiros e procura desesperadamente resolvê-los. Enfim, é tranquilo rolar essa identificaçao forte, mas aí falta uma coisa: a convivência. Falta aquilo que temos com várias pessoas, mas só consideramos MESMO com aquelas que contamos nos dedos de uma mao: os nao sei quantos anos de amizade.
Claro que eu acredito em amizades recentes, recién hechas, mas acredito que uma relaçao - seja ela qual for - necessita de uma base sólida pra dar certo. É bom conhecer os limites do outro, as fraquezas, os defeitos. Saber suportar uma crise, um mau humor. Saber negociar, dar e ceder. Saber ouvir e falar, ambos nas horas certas. Saber dar só aquele abraço que faltava pra tudo começar a se resolver. Saber aceitar críticas construtivas e dá-las também. Nos entender e querer ser entendido. Abrir a sua vida e receber a nossa. Saber dividir irmamente - coisa que meus pais me ensinaram bem - e ao Dani também.
O lance é que muitas vezes um passo maior do que as pernas pode botar tudo a perder, inclusive uma amizade de anos. Ou de meses.
As amizades efemeras estao por todas as partes e existem naturalmente. Quando a gente percebe, ya está. Me parece que o grande mote é sabermos até onde podemos ir, qual o limite das cobranças e expectativas.
Eu acredito em amizades de qualquer tipo: efemeras ou da vida inteira. E hoje dedico toda essa profusao de pensamentos a dois amigos em especial - um que eu quero que seja pra vida inteira e outro que já o é.
Técnicas de Sobrevivência :: Causo da Chuva
Há dias só chove nessa cidade. Dias nublados, cinzas, bombas d'água que caem desgraçadamente depois que tu já saiu, de bici e sem guarda-chuva, e nao há a menor chance de voltar pra casa para solucionar o problema.
Dizem que isso nao é normal aqui, mas sei lá, sao os câmbios climáticos mundiais. Enquanto o Corte Inglés chama seus clientes com vitrines devidamente adesivadas dando boas vindas à primavera, nós meros mortais ainda vestimos aquele casaco que já ocupava o fundo do armário - da mala no meu caso, porque nao tenho armário no meu quartito.
Pior é quando tu já começa o trabalho com os pés molhados. Pior ainda é quando tu foi o sortudo selecionado a trabalhar em um ponto que nao há proteçao pra chuva. Aí é necessário desenvolver uma técnica quase circense para realizar 3 coisas simultaneamente e ainda nao se molhar. As "manuebras radicales" da vítima sao as seguintes: segurar o paráguas (guarda-chuva), segurar o bolo de flyers e entregá-los um a um. Agora caro leitor imagine o pobre repartidor da porra dos flyers nessa situaçao malabarística! Além de tuuuuuuuudo isso a pessoa ainda precisa se concentrar pra nao deixar o bolo de flyers cair no chao molhado, equilibrar o paráguas pra que nao molhe a sua cabeça nem o flyers, claro. Depois disso é contar com a compaixao do turista safado que passa por ti, porque é claro que toda a vez que a vítima estica o braço com a porra do flyer, o maestro Manoel Gonzalez leva uns pingos na caaaaaaaaaaaaara! E se na sequencia de 3 esticadas de braço sem sucesso aquele papelzinho já era, porque estará molhadérrimo.
Pessoalmente considero essa uma situaçao patética e ridícula. Quando eu tinha um azar desses e ficava no meio das ramblas, fazendo malabares na chuva, eu ria de mim mesma, porque é simplesmente absuuuurdo!
Atualmente tive um upgrade profissional e quase sempre estou na frente das igrejas. Upgrade profissional é tudo nessa vida de rua.
viernes, abril 13, 2007
Intercâmbios Linguísticos
O dia-a-dia em contato com pessoas das mais variadas culturas e nacionalidades te dá gana de te comunicar da melhor forma possível com todos, nem que isso signifique saber uma mísera palavra de outra língua.
Sempre que Barcelona recebe uma avalanche de turistas italianos eu engato um "sinistra, destra" dentro das minhas explicaçoes de "onde fica a catedral?" ou qualquer coisa do tipo. O mesmo acontece com a turistada francesa. Esse povo, na realidade, é o mais difícil de agradar, porque muitos se negam a te dar bola se tu chega falando inglês. É por isso que eu mixo ingles com castellano algumas vezes. Aí, quando percebo que é um francês que está na minha frente já solto um "bon jour", "merci" e assim vai. Eles adoraaaaaaam.
Essa semana tive a sorte de ficar, praticamente todos os dias, na frente da Igreja de St. Jaume, onde há um cara que é francês, mas odeia seus conterrâneos. Ele também é veterinário e ex-viciado em tudo o que se pode imaginar. Até onde sei, o "messier" David (como eu chamo ele sempre) foi salvo pela igreja de St. Jaume, em Barcelona. Hoje ele mora aqui e está sempre na frente da igreja - para arrecadar uns cents de eurekas, ajudar nas funçoes da igreja, e afins. Ele já é uma figura bem conhecida por ali. Quando trabalho nesse ponto fico pertinho dele. Aí desde ontem ele me ensina algumas palavras em francês. A nossa língua oficial de comunicaçao é o castellano e eu pergunto coisas de francês pra ele.
O messier David é muito querido, apesar de totalmente fuera de la casita. Peça rara que conhece todos os frequentadores assíduos da igreja, além de informar os horários de dias de missa e nos dar uma mao quando um turista arrogante frances é grosso conosco e diz que nao entende nada além de frances. Essa é a melhor parte, porque o messier David dá todo o serviço do Concerto em francês e o turista fica com a cara rachadaaaaaaaaaaa!
É assim. Ontem ele me ajudou a montar o cartaz do Concerto. Hoje ele me ensinou palavrinhas do seu idioma materno e concordou comigo sobre o drácula sugador de energias alheias que, por motivos de força maior, trabalha junto comigo atualmente.
jueves, abril 12, 2007
Drácula
Eu sempre soube que no mundo existe os dráculas. Aquelas pessoas que te sugam todas as energias. Hoje um drácula atravancou meu caminho. Eles passarao, eu passarinho.
martes, abril 10, 2007
Baseado en Hechos Reales
A moça em questao toma um trago federal em uma festinha de piso. Após as 02h da matina o metro nao funciona mais e como a festuxa era razoavelmente longe, e a moça em questao nao tinha a menooooooooooor possibilidade de caminhar por mais de 30 min, a soluçao foi pegar um táxi.
O amigo em questao, que estava menos bebum do que a moça em questao, a acompanhou até em casa, no bairro de Grácia. Ou melhor, até mais ou menos perto de casa, porque o taxista, numa rebeliao, expulsou os dois em questao, pois a moça ameaçava passar mal dentro do carro.
Resultado 1: Eurekaaaaa! Foi descoberta a mais nova tática para nao pagar um táxi: ameace que vai vomitar. A moça em questao nao lembra dos xingamentos do taxista, mas foi expulsa do táxi juntamente com o pobre amigo em questao.
Resultado 2: a ameaça nao era falsa e a moça em questao realmente vomitou, mas fora do táxi. Sentada num banco em plena Avinguda Diagonal com o amigo em questao ao seu lado, que nao satisfeito em só assistir, vomitou junto.
Conclusao dos fatos 1: nao basta ser amigo, tem que participar (seja lá do que for).
Resultado 3: ainda nao satisfeitos com o show de barbaridades em plena noche catalana, os indivíduos em questao ficaram sentados no local do crime por mais uns 30 min. A moça fazendo sei lá o que e o moço adormecido em pleno relento da madrugada.
Resultado 4: para fechar com chave de ouro, o moço acorda e leva a moça, a pé, para casa (que já era realmente perto, graças a todos os deuses divinos e anjos protetores dos bebuns do mundo). A moça em questao, sem abrir os olhos, seguiu rumo ao seu piso - devidamente acompanhada pelo amigo em questao - que além de dar apoio e participar ativamente dos momentos mais críticos ainda teve que ouvir - ao longo do percurso - xingamentos exagerados contra o taxista sem compaixao que os expulsou do veículo.
Os fatos sao verídicos, mas as identidades dos criminosos nao foi nem nunca será revelada.
domingo, abril 08, 2007
sábado, abril 07, 2007
lunes, abril 02, 2007
Cosas de mujeres
Tem coisas que as mulheres adoram fazer, mas só fazem escondidas dos homens. Hoje eu me dei conta de uma dessas cositas. É um lance beeeem básico, mas nunca percebi como eu sinto prazer em realizar esse pequeno desejo - porque como moro com homens, e eles quase sempre estao em casa, sao poucos os momentos de realizaçao (o que torna a coisa ainda mais prazerosa).
Eu gosto de fazer xixi com a porta do banheiro aberta.
Pronto. Falei.
E hoje de manha, quando vi que nenhum dos guris estava em casa, deixei a porta beeeeeeeem escancarada. Aí fiquei curtindo ouvir o som do meu xixi.
domingo, abril 01, 2007
Benvinguts
É legal receber as pessoas que recém chegam na minha atual cidade.
Ontem, finalmente, depois de muitas trocas de e-mails, conheci a Bianca. Há 3 dias em Barcelona a moça é amiga de uma amiga minha e foi assim que iniciou o troca-troca internético de informaciones sobre a vida barcelonesa.
É legal poder ajudar, trocar experiencias, abrir a tua vida e receber uma outra de volta. É legal ter aquela sensaçao de que já se conhece a pessoa há tempo. É legal se colocar à disposiçao pra qualquer coisa. É legal ser o ombro ou os ouvidos numa hora de aperto. É legal viver junto uma parte da vida - uma parte que certamente vai ficar marcada pra todo o sempre.