Essa semana venho fazendo uma coisa que há muito nao fazia - pra nao dizer que nunca fiz: estou saindo praticamente todos os dias. Ou melhor, todos os dias da semana tinha um programinha noturno. To um pouco véia pra isso, porque me canso, mas estou me divertindo bastante e conhecendo lugares e pessoas.
Estar na situaçao que eu estou te deixa mais vulnerável e igualmente mais aberta para as novidades, o que torna tudo mais interessante, porque tu te coloca em situaçoes novas, aprende e enxerga outros angulos daquele mundo que sempre te pareceu redondo.
Entao, sexta fui numa noite gay. Mas calma caríssimo leitor, eu nao mudei de time e tampoco sinto algum tipo de atraçao pelo mesmo sexo. Nao, nada disso. Foi assim: 3 gatos garotos e eu fomos na Metro (c/ Sepúlveda, 185). Como eles me avisaram que mulher pra entrar tinha que pagar, preparei meu chalálá pra soltar na entrada e ver se eu consigo me liberar ou ao mesmo ter um desconto.
Aí chegamos e eu disse que tava trazendo os 3 chicos mais guapos da cidade, mas nao convenci o cara. Ele me disse que o problema era que eles é que estavam me trazendo. Foi, paguei pra entrar.
Eu nunca tinha ido numa noite exclusivamente gay. Em POA, o Ocidente - que eu ia praticamente todos os sábados - era uma mescla de gente e todos conviviam em harmonia. Na Metro é raro ver mulher. Tem, mas sao pouquíssimas.
O ambiente com duas pistas, uma eletronica e a outra uma mistureba de músicas bregas e etc & tal, estava repleta de homens. Eu me diverti. Tava meio sequelada da noite de quinta, que também tinha sido fortíssima com a galera do trabalho, mas me diverti.
Os guris vinham me perguntar como eu tava me sentindo ali, e eu tava bem. Já na concentraçao, na casa de um deles, um dos chicos guapos veio me comentar de que eu tava totalmente a vontade. E é verdade, e eu sei bem porque me sinto assim, mas esse é um papo pra outra hora.
Voltando à Metro, eu dancei, me diverti, conheci uma noite como essa e pensei em várias coisas.
Nao sei como é na Europa em geral, mas em Barcelona as pessoas sao livres e isso é o máximo! É absolutamente normal e cotidiano ver casais de todos os tipos pelas ruas. Sao beijos, abraços e maos dadas sem vergonha, medo ou preconceito e isso é fantástico!
Aí, como a tia aqui se cansou de dançar, fui sentar e fiquei observando os caras dançando. Simplesmente eles estavam livres. Eles sao livres. A festa era pura diversao e todos estavam animadíssimos. É uma galera feliz e isso é lindo.
E pra fechar a noite cheguei a uma conclusao muito simples sobre mim mesma. Eu ali, sentadinha olhando tudo aquilo, só pude concluir que se eu nascesse homem certamente eu seria gay.